terça-feira, 24 de maio de 2011

O que eu queria

Queria ter a capacidade de esquecer o mundo assim como ele tem de me esquecer.

( Livia Belardi )

domingo, 22 de maio de 2011

Controle


Os olhos enxergam apenas o que queremos enxergar,
É só fechá-los e tudo sumirá.
A boca diz apenas o que queremos dizer,
É só pensar antes de falar.
Os meus atos dizem mais do que qualquer palavra,
E mostram além do que seu olho enxerga.
E meu coração, que se sentia independente o bastante para contrariar todos os meus atos e vontades,
Passou a estar sob total controle dos meus olhos, da minha boca,
Da minha mente e da minha razão.
Acabou o sofrimento, a solidão e a sempre presente ilusão.

( Livia Belardi )

terça-feira, 3 de maio de 2011

Estranha


Incerteza, insegurança, medo. Tudo muito angustiante.
Passo dias com dificuldade pra dormir. Me pego tentando mudar de pensamento o tempo todo, tentando me distrair, ocupar meu tempo para que não pense no que pode dar certo ou, provavelmente, errado.
Mas quando aparece a certeza, a segurança e a rotina a angustia é triplicada. E uma aversão enorme toma conta de cada segundo vivido desta maneira. Tenho vontade de vomitar, de dormir e acordar em um lugar onde eu não conheça nada nem ninguém.
A verdade é que eu gosto da angustia da insegurança e incerteza. Porque ela tira de mim o sentimento de comodidade, acaba com aquela vida previsível, já que é tudo tão incerto. Faz com que eu queira me ocupar, me tira o sono e faz de mim uma pessoa muito mais produtiva, e por fim mais feliz.
É ai que eu vejo minha incrível minha capacidade de ser completamente estranha.

( Livia Belardi )