sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Louca


Hoje me lembrei de você, lembrei da gente.
Tentei te encontrar, mas percebi que fiz tanto esforço pra te tirar da minha vida, que não sei mais como te achar e nem onde te procurar.
Passei mais de um ano tentando esquecer o numero do seu telefone, mas nunca conseguia.
Hoje pensei em te ligar, mas dessa vez eu não consegui lembrar.
Mesmo que os anos tenham passado, que eu não saiba mais nada de você, e que seja praticamente impossível te ver outra vez, é você que eu quero, de novo.

Sou louca, nem sei se você é real.

Para T., M.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Vírus



Ela: Porque as pessoas são más?
Ele: É um vírus! As pessoas crescem aprendendo que se forem boas só vão sofrer, e começam a ser más.
Ela: E o que eu faço? Me contamino, ou continuo sofrendo?

domingo, 18 de março de 2012

Dezoito de Março


Há aproximadamente seis anos tive uma mudança muito grande na minha vida, a principio não entendia o porquê, ou melhor, eu entendia e não aceitava. Mas hoje eu vejo que foi a melhor mudança da minha vida, conheci as melhores pessoas. Dentre essas pessoas conheci uma, na qual hoje considero minha irmã.
Nos três primeiros anos éramos apenas conhecidas, falávamos o conveniente e o necessário, eu tagarela, sempre falava muito e ela, reservada, contentava-se em apenas sorrir e me ouvir.
Foi então que isso mudou, minha tagarelice deu espaço para que ela se sentisse bem para conversar também. Desde então começamos a nos aproximar, passávamos a manhã toda juntas. Lembro-me das provas de história, quando ela vinha explicar-me toda a matéria com a maior facilidade e prazer do mundo. Está ai, um dos primeiros motivos a que eu devo ser grata, minhas notas de história, hahahahahaha! Mas, continuando esse foi o ponto de partida de algo que hoje eu não consigo viver sem.(Que drama ridículo, mas é verdade).
Bom, como em toda amizade a gente aprendeu muito uma com a outra, quer dizer, eu pelo menos, aprendi muito com ela. Aprendi que quando ela está com fome ela fica muito chata, que balada é um lugar errado, que orquestras e museus são os melhores lugares e que os filmes e livros sempre trazem algo muito bom pra dentro da gente.
Hoje essa minha amiga, irmã está completando dezenove anos(apesar da aparência de doze), e o que eu quero é desejar as melhores coisas do mundo pra ela, mandar as melhores energias e que ela guarde isso com ela: “SEJA FELIZ!”

E esse é um dos amores que eu sinto que eu tenho certeza que é de verdade, portanto pra sempre.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Final Feliz...


Uma hora a gente fica exausta. Exausta de correr atrás, de tentar sempre estar por perto, de fazer de tudo pra ver os outros sorrirem. A gente faz tanto para os outros que se esquece da gente.

Cansei até de sentir falta do que já foi meu, ou do que eu achei que fosse meu. Cansei de acreditar em palavras. Palavras são apenas palavras. Chegou a hora de virar a página, mudar de capítulo... Quem sabe assim eu não descubra quem merece a minha verdade.

A vontade é de cuspir, vomitar as palavras. Mas ao mesmo tempo acho que o silêncio é a melhor opção...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Falsa verdade


Que o sempre acaba é verdade, que ele não existe é óbvio, mas que nos iludimos e acreditamos nele é fato.
O mais difícil é aceitar que as coisas mudam, as pessoas mudam, nós mudamos e que nenhum segundo vai ser igual ao outro, por maior que seja o nosso desejo...
Mas eu encontrei um caminho para o sempre. Se é bom ou ruim eu não sei, sei que me faz sorrir e chorar das maneiras mais verdadeiras possíveis.
Eu fecho os olhos e revivo. Revivo segundos, minutos, horas. Revivo cheiros, cores, sabores, caricias e verdades. Verdades que hoje estão longe da realidade, deixando de serem verdades.
Já não sei se vivo ou se revivo, sei que os segundos estão passando...

(Livia Belardi)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Coração de Aço


O coração de ferro continuou só, batendo as mesmas cem mil vezes todos os dias. Até que encontrou um alguém que de ferro o transformou em carne.
Inocente e inexperiente passou a bater cento e cinqüenta mil vezes por dia, iludido. O fato de ser composto por carne trazia espaço para novas feridas. Em pouco tempo foi o que aconteceu, as feridas voltaram a cobri-lo.
Com o tempo passou a bater pouco mais de cinqüenta mil vezes por dia. Quando estava perto de seu óbito lembrou-se de Darwin, e resolveu adaptar-se ao novo meio em que vivia.
Um novo casulo foi formado, sofreu a histólise novamente. Destruindo-se de dentro para fora, e reconstituindo-se de ferro e carbono ficou pronto para sair do casulo, sem nenhuma marca do passado, apenas uma vaga lembrança do que é a dor.
Com uma agressiva e ríspida bombeada rompeu o casulo que o envolvia. Lá estava ele, composto por aço e batendo cento e onze mil vezes por dia.

(Livia Belardi)

N.A.: Este texto é continuação do texto "Coração de Ferro"(http://belardithoughts.blogspot.com/2011/07/coracao-de-ferro.html).

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Mudanças


Ultimamente me sinto em um manicômio mental. Estou me acerbando a cada segundo por viver em uma sociedade que se sente totalmente abalizada, e que se torna incoerente e muitas vezes hipócrita ao impor ao resto do mundo o que é certo e o que é errado. É como se eu estivesse no meio de abutres ou sanguessugas que praticam uma lavagem cerebral.
Sinto a necessidade de uma mudança para manter minha loucura, aquela que me faz sobreviver. As cores, palavras e sons tomarão proporções e rumos diferentes. O laranja não será mais laranja, talvez vire verde ou rosa. Os sons me guiarão. Cada dia estarei em uma freqüência diferente, mais harmônica para o momento. E as palavras não serão apenas palavras, serão o tudo e o nada. Os sonhos, sentimentos e razões também terão seus sentidos modificados. Meus sonhos deixarão de ser sonhos, serão objetivos. Os sentimentos estarão em segundo plano, para que eu possa agir com toda racionalidade possível. E minhas razões serão pautadas no equilíbrio.
Não posso mudar o mundo e não me sinto no direito de mudar as pessoas, mas vejo uma obrigação em mudar a mim mesma.

( Livia Belardi )