sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Falsa verdade


Que o sempre acaba é verdade, que ele não existe é óbvio, mas que nos iludimos e acreditamos nele é fato.
O mais difícil é aceitar que as coisas mudam, as pessoas mudam, nós mudamos e que nenhum segundo vai ser igual ao outro, por maior que seja o nosso desejo...
Mas eu encontrei um caminho para o sempre. Se é bom ou ruim eu não sei, sei que me faz sorrir e chorar das maneiras mais verdadeiras possíveis.
Eu fecho os olhos e revivo. Revivo segundos, minutos, horas. Revivo cheiros, cores, sabores, caricias e verdades. Verdades que hoje estão longe da realidade, deixando de serem verdades.
Já não sei se vivo ou se revivo, sei que os segundos estão passando...

(Livia Belardi)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Coração de Aço


O coração de ferro continuou só, batendo as mesmas cem mil vezes todos os dias. Até que encontrou um alguém que de ferro o transformou em carne.
Inocente e inexperiente passou a bater cento e cinqüenta mil vezes por dia, iludido. O fato de ser composto por carne trazia espaço para novas feridas. Em pouco tempo foi o que aconteceu, as feridas voltaram a cobri-lo.
Com o tempo passou a bater pouco mais de cinqüenta mil vezes por dia. Quando estava perto de seu óbito lembrou-se de Darwin, e resolveu adaptar-se ao novo meio em que vivia.
Um novo casulo foi formado, sofreu a histólise novamente. Destruindo-se de dentro para fora, e reconstituindo-se de ferro e carbono ficou pronto para sair do casulo, sem nenhuma marca do passado, apenas uma vaga lembrança do que é a dor.
Com uma agressiva e ríspida bombeada rompeu o casulo que o envolvia. Lá estava ele, composto por aço e batendo cento e onze mil vezes por dia.

(Livia Belardi)

N.A.: Este texto é continuação do texto "Coração de Ferro"(http://belardithoughts.blogspot.com/2011/07/coracao-de-ferro.html).

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Mudanças


Ultimamente me sinto em um manicômio mental. Estou me acerbando a cada segundo por viver em uma sociedade que se sente totalmente abalizada, e que se torna incoerente e muitas vezes hipócrita ao impor ao resto do mundo o que é certo e o que é errado. É como se eu estivesse no meio de abutres ou sanguessugas que praticam uma lavagem cerebral.
Sinto a necessidade de uma mudança para manter minha loucura, aquela que me faz sobreviver. As cores, palavras e sons tomarão proporções e rumos diferentes. O laranja não será mais laranja, talvez vire verde ou rosa. Os sons me guiarão. Cada dia estarei em uma freqüência diferente, mais harmônica para o momento. E as palavras não serão apenas palavras, serão o tudo e o nada. Os sonhos, sentimentos e razões também terão seus sentidos modificados. Meus sonhos deixarão de ser sonhos, serão objetivos. Os sentimentos estarão em segundo plano, para que eu possa agir com toda racionalidade possível. E minhas razões serão pautadas no equilíbrio.
Não posso mudar o mundo e não me sinto no direito de mudar as pessoas, mas vejo uma obrigação em mudar a mim mesma.

( Livia Belardi )

domingo, 18 de setembro de 2011

Além da solidão

Sorriso, suspiros, angustia.
Nada vai ser igual, é tudo o que você sabe.
Corroendo por dentro, sobrevive pelos segundos em que sua sobriedade desaparece.
E é o que você busca quando fecha os olhos,
Revive alguns momentos e vive muitos outros.
Incrível, tudo sumiu tudo passou.
Você abre os olhos, e volta a ficar sóbria,
A dor volta com o dobro de intensidade.
Agora você está se rastejando,
A procura de um motivo para não fechar os olhos e viver tudo de novo.
Você não espera que a dor diminua, muito menos que ela suma.
Você apenas luta para conviver com ela.
Aprendeu a conviver com a dor.
E junto a isso veio a frieza.
Chegou a conseqüência final: solidão.

(Livia Belardi)

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Si


A vida, o tempo. O tempo da vida.
Passou tempo demais se importando com coisas e pessoas que simplesmente não importavam. Viveu muito tempo pensando no ontem e planejando o que poderia ser o amanhã e acabou perdendo o hoje. Teve medo, teve raiva, ficou triste... se alimentou da solidão. Esqueceu de olhar para os lados, perdeu sua direção, esqueceu seu caminho e deixou de enxergar a luz. Precisou desistir dos outros para acreditar em si, por fim se encontrou.

( Livia Belardi)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Amar


- Talvez o amor esteja presente quando não se tem consciência de que se ama, e quando se torna consciente o amor se faz ausente. Ai você ama quando acha que não ama, e deixa de amar quando percebe que ama.
- Mas ai não é amor, porque amor é pra sempre.
- E quanto tempo é o seu pra sempre?

( Livia Belardi)

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Ponto de Vista


A menina abre olhos e se mantém longe do mundo que tenta lavar seu cérebro. Ao fechá-los vive, como se fosse o ultimo segundo de lucidez. Vive a vida sem interferência de ninguém, cada detalhe de seu mundo é filtrado. Vai vivendo do amor, da sabedoria e  da razão.
O real é o irreal e o irreal é o real, ela sonha acordada e vive enquanto dorme.  

(Livia Belardi)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Coração de Ferro

Só estava ele, batendo cem mil vezes todos os dias. Procurava encontrar algo para cobrir o vazio. Porém, todas as vezes que aquele buraco era coberto, alguma ferida era formada. E só ele voltava a ficar.

Um dia, coberto de feridas mal cicatrizadas, percebeu que a solidão não incomodava mais. Charles Darwin estava correto: sobrevive aquele que mais bem adaptado ao meio está. Decidiu transformar-se.

Construiu um casulo. Lá sofreu a histólise, seus tecidos foram se destruindo de dentro pra fora. E assim, como acontece com as lagartas ao virarem borboletas, nem tudo foi destruído, algo  iria permanecer mas só seria descoberto com o tempo.

Após esse lento processo bombeou com uma força mais forte que o normal, e o casulo se partiu. De ferro ele havia se tornado, sem espaço para feridas e solidão.

(Livia Belardi)

terça-feira, 12 de julho de 2011

Julho

O Sol cobre o céu, o frio cobre a pele
Solidão ficou só, vou embora antes que ela tagarele
Sobre o que não quero lembrar e nem esquecer
Sobre o que eu deixo a adormecer

São pedaços de mim
Que ficaram pra traz
Junto ao azul sem fim
E as olheiras
Marcas de quem não tem paz

Julho, doce julho, e eu não me lembro mais...

(Livia Belardi)

Reticências

 Às vezes temos que pensar que dizer "Adeus" é, também, dizer "Olá" a uma nova fase. Nostalgia, é o que restará de momentos pelos quais viveríamos de novo.

Palavras, gestos, abraços, sorrisos... Tudo o que de melhor poderiam lhe dar, e lhe deram, da melhor forma possível.

Comigo fica um toque lúdico, de criança que ganha presente e se entristece ao perdê-lo.

Mas não é a tristeza que terá ênfase aqui, e sim a felicidade. A felicidade de saber que todos lutamos por sonhos. Sonhos que pra alguns de nós começaram agora, e o primeiro passo demos juntos.

Sempre fico confusa quando me deparo com bifurcações e parte disso me fez entender que não preciso escolher um lado para seguir, eu só preciso seguir.

Pessoas podem ser passageiras, na teoria a maioria delas são. Mas na prática, posso dizer que as boas, as que te fortaleceram e fizeram de você quem você é hoje, essas são eternas, mesmo que nunca mais seja feita uma única troca de palavras.

Não vou colocar um ponto final no que vivi até aqui, deixo minhas reticências e a vida continuará a dizer qual será o rumo dos nossos sonhos, e se entre eles nos encontraremos de novo...

(Livia Belardi)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A dança

Fechei os olhos pra lembrar
Quando eu gritei o seu nome
E em meio a cem mil pessoas cruzei com teu olhar
Aquele dia, aquela hora, aquele lugar.
Sincronia?

Fechei os olhos e te vi dançar
Segurando minha cintura, vejo a felicidade chegar.
Foi quando o sentido perdeu o sentido e me faltou ar.

E eu precisei lembrar de você pra voltar a respirar.

(Livia Belardi)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Era uma vez...


Era uma vez uma história sem começo, meio e fim.
Então percebi: Eu podia escolher o sempre ou o nunca...

( Livia Belardi )

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Nostalgia


Sentir falta de uma rotina na qual se estava cansada de viver é um pouco estranho, me faz pensar que a felicidade é um conjunto e uma parte do que se vive sem saber que ela está presente.
Ter a sensação de que o mundo e a melhor parte da sua vida passaram por você sem que sequer você percebesse me faz ter uma das piores sensações que já senti.
Saber que tudo aquilo nunca vai voltar e nada nunca vai chegar perto do que era é mais angustiante do que a própria angustia.
Mas era fato que um dia, todos esses sorrisos e diferenças que juntos formavam o que hoje eu chamo de felicidade iriam acabar. Mesmo porque na vida começamos tudo sabendo que cedo ou tarde o final se fará presente, e mesmo assim nunca estamos preparados para encará-lo.
O que resta é aproveitar o que se vive hoje, pois amanhã pode-se perceber que aquilo nada mais era do que a própria felicidade.
Hoje eu disse Oi para a Nostalgia e caminhei com ela o dia inteiro.

terça-feira, 24 de maio de 2011

O que eu queria

Queria ter a capacidade de esquecer o mundo assim como ele tem de me esquecer.

( Livia Belardi )

domingo, 22 de maio de 2011

Controle


Os olhos enxergam apenas o que queremos enxergar,
É só fechá-los e tudo sumirá.
A boca diz apenas o que queremos dizer,
É só pensar antes de falar.
Os meus atos dizem mais do que qualquer palavra,
E mostram além do que seu olho enxerga.
E meu coração, que se sentia independente o bastante para contrariar todos os meus atos e vontades,
Passou a estar sob total controle dos meus olhos, da minha boca,
Da minha mente e da minha razão.
Acabou o sofrimento, a solidão e a sempre presente ilusão.

( Livia Belardi )

terça-feira, 3 de maio de 2011

Estranha


Incerteza, insegurança, medo. Tudo muito angustiante.
Passo dias com dificuldade pra dormir. Me pego tentando mudar de pensamento o tempo todo, tentando me distrair, ocupar meu tempo para que não pense no que pode dar certo ou, provavelmente, errado.
Mas quando aparece a certeza, a segurança e a rotina a angustia é triplicada. E uma aversão enorme toma conta de cada segundo vivido desta maneira. Tenho vontade de vomitar, de dormir e acordar em um lugar onde eu não conheça nada nem ninguém.
A verdade é que eu gosto da angustia da insegurança e incerteza. Porque ela tira de mim o sentimento de comodidade, acaba com aquela vida previsível, já que é tudo tão incerto. Faz com que eu queira me ocupar, me tira o sono e faz de mim uma pessoa muito mais produtiva, e por fim mais feliz.
É ai que eu vejo minha incrível minha capacidade de ser completamente estranha.

( Livia Belardi )

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Mundo, O meu!


Tristeza, decepção, ilusão.
A hipocrisia tomou conta dos seres humanos.
Cegos por uma busca constante e louca pela popularidade, ego e imagem.
Baseiam-se em princípios pelos quais o único beneficio é direcionado a si mesmo.
Esse é o mundo ausente de altruístas e com o excesso de hipócritas.
Mas não é esse o mundo que eu decidi viver.
Adeus!
No meu mundo as máscaras sempre caem, as feridas sempre se fecham, as cicatrizes sempre ficam e a felicidade sempre prevalece.

( Livia Belardi )

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sorte


Dizem que felicidade somos nós que fazemos,
Eu digo que algumas pessoas fazem minha felicidade.
Dizem que paixão acaba,
Eu digo que a minha é eterna, mesmo que acabe.
Dizem por ai, que sorte é momentânea.
E eu digo que minha sorte é eterna.
Minha sorte é você!

(Livia Belardi)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Solidão


As pessoas costumam se questionar sobre estarem sozinhas em meio a muitas pessoas.
E eu me questiono em me sentir com você quando estou sozinha.
Eu morria aos poucos, me sentindo só ao estar rodeada de pessoas
Agora respiro a vida, estando só, mas me sentindo com você.
Na solidão é onde eu te encontro,
Nos momentos em que fecho olhos e só existe eu e você.
Pela primeira vez eu busco a solidão, e a encaro como algo bom.
Você é a minha solidão.

( Livia Belardi )

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Antônimos


O certo e o errado, eles simplesmente não existem!
Erros acontecem, erros fazem parte,
Erros fizeram de mim quem eu sou.
O errado virou certo, e o certo o errado.

Não me adapto a essas constantes mudanças,
Eu apenas sobrevivo a elas.
Não me arrependo, eu fiz o certo. Era o certo... Naquele momento.
E se agora é errado? Tanto faz!
Aprendi que devemos ter em nossas vidas apenas o que nos faz bem,
E quando não fizer mais? Assopre e, assim como o vento, purifique o que há dentro de você.
Deixe fluir apenas o que é bom, e em um piscar de olhos tudo estará bem, outra vez.

( Livia Belardi )

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Fim


Inevitável, antagonista, solitário.
Em cada passo o esperamos, a cada segundo o encontramos.
Alívios, sorrisos, lágrimas, abraços, passos e promessas.
Por mais previsível que pareça, é imprevisível!
Quando mais o queremos ele demora para chegar,
Mas quando estamos bem, basta um suspiro e ele está lá,
Te olhando nos olhos com um sorriso no rosto,
Como se fosse devorar tudo aquilo que você passou tempos construindo.
O indestrutível foi destruído, de alguma maneira. O que era pra sempre, acabou!
Esse é o fim, ou o começo que não queria que chegasse.

( Livia Belardi )

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Apaixonada


Dizem por ai que sou uma garota apaixonada...
É verdade! Me apaixonei, faz um tempo. E continuo apaixonada.
A paixão costuma ser dolorosa e patológica, porque perdemos nossa individualidade, nossaa identidade e nosso poder de raciocínio.
Minha paixão é diferente, vejo flores com cores e perfumes que ninguém nunca viu ou sentiu. Sinto sabores que me fazem suspirar e preciso de muitos segundos para processa-los. Descubro pessoas que no mundo real jamais poderiam existir.
A paixão nos leva a ver as coisas de uma forma idealizada. Mas não estou idelizando, essa sou eu apaixonada. Pelas cores, sabores, sentimentos, por cada gota de chuva. Sou apaixonada pela vida.

(Livia Belardi)

domingo, 30 de janeiro de 2011

Irreal



Uma menina estava sentada no banco traseiro do carro. Seu pai dirigindo e sua avó no banco do passageiro. Ela colocou o fone no ouvido, ligou o Ipod olhou para a janela e começou a observar a paisagem. Dentre seus pensamentos, um menino. Refletiu sobre tudo que já havia acontecido entre os dois, principalmente o que não havia acontecido, e porque. O que ela sentia? O que ele sentia? Incertezas, como sempre. Fechou os olhos e viveu um mês inteiro ao lado dele. Em uma casa simples na beira de uma praia deserta. Abriu os olhos ao fim da viagem e percebeu que era aquilo que ela queria, naquele momento. Mas como estava muito longe da realidade, se contentou em lembrar-se do momento em que ela mesma havia criado e guarda-lo como algo real.

(Livia Belardi)

sábado, 22 de janeiro de 2011

Independência



Pela estrada que caminho não lhe enxergo mais.
Você ficou pra trás.
Foi pelo lado esquerdo da bifurcação,
Enquanto eu resolvi seguir pela direita.

O mesmo acaso que trouxe você a mim o levou embora,
E por algum motivo estou aliviada.
Estou livre de um mal que parecia bem,
De uma dependência psicológica,
Que, na verdade, era totalmente independente.

Minha felicidade oscila constantemente.
E quando pensei que ela iria embora com sua partida,
Ela permaneceu, com uma intensidade muito maior.

Encontrei em mim, o que eu procurei em você.
O que eu procurava em todos e nunca encontrava.
Porque, na verdade, aprendi que meus sonhos e minha vida devem depender mais de mim do que de qualquer outra pessoa.
Aprendi que nas idas e vindas da vida só o que é bom há de ficar,
E o que é ruim, espero que o vento leve pelos caminhos paralelos aos meus,
Para que, assim, nunca mais voltemos a nos cruzar.

(Livia belardi)
(Imagem: www.flickr.com/liviamariah)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Ideal

Um dia fechei os olhos. Então, apareceu uma imagem, fiquei confusa, nunca o tinha visto em lugar algum. Conseguia enxergar seus olhos, azuis, como se já tivesse olhado em meus olhos. Sua boca, carnuda, como se já tivesse selado meus lábios. Sua pele, macia contrastando com o áspero de sua barba, como se já tivesse tocado em mim. Seu cabelo, encaracolado e castanho claro, como se eu já tivesse brincado com ele. Comei a ouvir um som, era sua voz. Grave, porém suave. Respirei fundo, senti seu perfume. Senti-me protegida por alguns segundos, como se estivesse recebendo o melhor abraço do mundo. Meu coração disparou. Abri olhos.
-Quem é você? - Perguntei a mim mesma, aflita.
E uma voz em minha cabeça respondeu:
-Sou a forma mais pura do seu amor.
Fiquei confusa. Nunca tinha visto aquele menino antes. Passou pela minha cabeça tê-lo visto em algum lugar, porém era impossível, eu notaria sua presença. Horas depois, conclui que ele era a mistura de todos os sentimentos que já havia sentido, a melhor parte de cada amor.


(Livia Belardi)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ondas



A onda é o resultado da ação do vento sobre a camada superficial da água do mar. Quando o vento sopra, ele gera um movimento na água que produz a onda. Apesar de parecer que as ondas andam em linha reta, elas, na verdade, deslocam-se em sucessivos movimentos circulares. 
O amor é resultado de um sentimento sobre a alma e corpo de determinado ser. Quando o sentimento aparece, ele gera uma série de sensações desconhecidas. Apesar de parecer que, quando perdermos um amor, estaremos incompletos para sempre, há um movimento circular, em um ciclo sem fim, que nos leva a amar novamente, com sensações e intensidades diferentes.

(Livia Belardi)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Cinco de Janeiro


Hoje, 5 de janeiro de 2011, um garoto está completando 22 anos.
Eu sempre disse a ele que ele é a pessoa mais linda que eu conheço, e isso não mudou. Acho que nunca vai mudar. Agora imaginem o quão difícil é ter que escrever algo no aniversário da pessoa mais linda do mundo...

Então, vou começar desejando algumas coisas que eu gostaria que estivessem presentes em cada segundo da vida dele: Saúde, paz, amor e TODA felicidade do mundo.

Faz quase três anos que nos conhecemos. Dois anos, seis meses e alguns dias para ser mais exata. Eu me lembro como foi a primeira vez que o vi. Tribe House, a atual For You , show da Fresno (com Mash). A casa estava lotada, e por algum motivo, a gente começou a conversar no corredor, em frente ao bar. Depois disso cada um foi para um canto. Eu estava no “camarote”, debruçada em uma “grade” quando escutei alguns meninos gritando da pista e pedindo a musica “Milonga”, que nunca havia sido tocada em show algum, e pela primeira vez foi tocada (o Lucas até errou a letra no começo) a pedido do tal menino e seus amigos. Desde então, todas as vezes em que escuto essa musica lembro dele.

Depois disso eu tive a sorte de conhecê-lo melhor e entender que aquilo não havia acontecido por acaso, eu precisava dele na minha vida.

Quero acima de TUDO agradecer. Agradecer por ter a chance de conhecer alguém assim, e ter a oportunidade dele estar presente na minha vida. E me desculpar pelas brigas e atitudes erradas que tive algumas vezes.

Mas o mais importante é que hoje ele está aqui, do meu lado e eu do dele.

Busquei no dicionário o significado do amor, mas dentro todas as definições nenhuma definiu o que eu realmente sinto por ele. Eu o amo da forma mais pura e sincera que se pode amar alguém e a única coisa que eu peço em troca é a presença dele na minha vida pro resto dos meus dias.

Não importa como nem onde, vai ser SEMPRE amor Rafael Ribeiro.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Condenada



Era uma vez a felicidade...
Todos os dias ela me chamava e me estendia a mão.
Alguns dias eu segurava a mão dela, e caminhava.
Outros deixava ela de lado, e ia caminhando sozinha.
Hoje eu peguei nossas mãos, e as algemei.
Estou condenada a caminhar com a felicidade, pra sempre.
Agora somos uma só.

(Livia Belardi)